Este ano a Igreja no Brasil nos convida a aprofundar a temática da violência e a buscar meios e atitudes para superá-la. O próprio Cristo, no Evangelho de Mateus, nos exorta afirmando: ‘Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus’ Mt 5,19.
Nesse sentido, as temáticas da Campanha da Fraternidade 2018 e a máxima de Jesus Cristo no Sermão da Montanha, vêm de encontro ao momento político que estamos vivendo, trazendo à tona questões que são um contratestemunho evangélico. São ideias reacionárias, fascistas, que difamam e caluniam. Talvez, a mais grave dentre elas, seja a notícia falsa, também conhecida no mundo midiático como Fake News.
Temos presenciado nos meios de comunicação, especialmente nas redes sociais, constante agressão entre os cidadãos que pleiteiam um cargo público. Temos visto muita coisa que nos preocupa: agressão mutua, propagação da cultura do ódio, intolerância entre grupos e/ou pessoas que não se enquadram nessa ou naquela forma de ver e de pensar que resultam no desrespeito ao ser humano.
A Igreja acredita que a política é o caminho mais eficiente e eficaz para a prática dos valores evangélicos, éticos e morais. Acredita na política como espaço para garantir ao povo vida em abundância, como nos ensina o Evangelho. E acredita também, que para isso, é essencial e necessário, a presença de leigos e leigas com convicção ética, moral e evangélica, tornando- se referência no espaço político. Porém, tal convicção deve ser tanto daqueles que postulam cargo público como dos cidadãos que têm a tarefa de elegê-los.
A Diocese de Goiás, assim como toda a Igreja é apartidária, não indica nomes ou apoia esse ou aquele candidato, mas reconhece que tem a missão de conscientizar o eleitor e incentivar os cristãos leigos e leigas a exercerem sua cidadania pautando-se por valores que defendam e promovam a vida
Portanto, não faça escolhas por candidatos que disseminam o ódio, as falsas notícias, o fascismo e, sobretudo, pelos que apareçam como salvadores da pátria. Pesquisem a vida pregressa do candidato, procurem conhecer suas propostas, se são viáveis, se promovem a inclusão social e garantem os direitos fundamentais do povo brasileiro.
Lembre-se: seu voto não é objeto de troca de favores ou benefícios pessoais. Seu voto é ferramenta de transformação social.
O ato de votar é muito importante. Não votar é prejudicial para a democracia brasileira. Pense nisso. Seu voto faz a diferença.
Que sejamos promotores da paz e que nossas ações, sobretudo nosso voto, seja instrumento de superação de toda forma de violência contra o ser humano.
Texto produzido por Edivanio Antonio, Graduado em Filosofia, Coordenador Regional de Pastoral, da Pascom Diocesana e Membro da Assessoria Diocesana de Pastoral da Diocese de Goiás.